Você sabe de onde vem a sua carne? O Brasil vai te contar

Segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, cerca de 239 milhões de cabeças. Isso torna o país o segundo maior produtor mundial de carne bovina, com quase 12 milhões de toneladas produzidas anualmente. No entanto, este não é o dado mais expressivo, mas sim o fato de o Brasil ser o principal exportador mundial de carne bovina , atingindo mais de 150 países, segundo dados oficiais do governo brasileiro (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

Para manter esse protagonismo global — garantindo qualidade e atendendo às exigências cada vez mais rigorosas dos mercados internacionais —, a rastreabilidade do rebanho é um ponto-chave na cadeia produtiva da carne bovina brasileira.

Desde 2009, o Brasil conta com um arcabouço legal para rastreabilidade (Lei nº 12.097/2009), reforçado por uma portaria específica (Decreto nº 7.623/2011). Esse sistema permite o rastreamento da origem e do histórico dos animais de duas formas: por lote (utilizando o Guia de Trânsito Animal e respectiva nota fiscal) ou por cabeça (por meio do Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos – SISBOV).

O SISBOV é o sistema oficial de rastreabilidade individual. Embora a adesão seja voluntária para a maioria dos produtores, torna-se obrigatória em alguns casos, como nas exportações para mercados que exigem um controle rigoroso de origem — como a União Europeia, por exemplo.

Para fortalecer ainda mais esse sistema, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) lançou em dezembro de 2024 o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB). A proposta é clara: atualizar e ampliar a rastreabilidade individual, com foco na segurança sanitária e no acesso a mercados exigentes.

Com esse novo plano, o Brasil — que até então era o único grande exportador sem rastreabilidade individual obrigatória — agora terá o maior programa do gênero no mundo, abrangendo mais de 240 milhões de animais.

Essa mudança impacta diretamente toda a cadeia: possibilita o controle de doenças, aumenta a transparência, melhora a eficiência da produção e abre perspectivas para certificações internacionais. Tudo isso reforça a imagem do Brasil como fornecedor confiável de carne bovina de qualidade — algo cada vez mais valorizado por consumidores preocupados com a origem de seus alimentos.

Para garantir o sucesso do PNIB, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está intensificando a comunicação com os produtores e o setor como um todo. O engajamento da equipe de campo será crucial para implementar essa mudança — e levar o Brasil a um novo patamar no cenário global da carne bovina.

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