3 mulheres líderes na agricultura que você deve conhecer em 2025

Conheça as agricultoras que estão moldando o futuro da agricultura brasileira.
Em todo o Brasil, as mulheres estão transformando o setor agrícola com liderança, inovação e um forte compromisso com o crescimento sustentável e inclusivo. No centro desse movimento está a Comissão Nacional da Mulher na Agricultura, lançada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para apoiar e fortalecer a liderança feminina no campo.
Durante o 2º Fórum Nacional de Liderança Feminina na Agricultura, três líderes se destacaram por suas trajetórias inspiradoras e contribuições contínuas para suas comunidades e para o setor do agronegócio do país.
O fórum, realizado em Brasília, reuniu centenas de mulheres de todo o Brasil — produtoras rurais, líderes sindicais, empreendedoras e especialistas técnicas — para compartilhar experiências, discutir desafios e moldar o futuro do setor agrícola a partir de uma perspectiva inclusiva de gênero.
Com painéis sobre sustentabilidade, inovação, capacitação rural e políticas públicas, o evento reforçou a importância de amplificar a voz das mulheres em todos os níveis de tomada de decisão. Também destacou como a liderança feminina organizada já está transformando os territórios rurais por meio do conhecimento, da colaboração e da determinação.
Estas são as mulheres para ficar de olho em 2025:

Stéphanie Ferreira Gobato
Presidente da Comissão Nacional da Mulher no Agronegócio – CNA

“As mulheres rurais sempre trabalharam duro — mas agora elas entendem seu lugar, seu poder e seu direito de estar onde as decisões são tomadas.”

Engenheira agrônoma formada pela Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) e criada em uma família de pecuaristas, Stéphanie Gobato combina profundo conhecimento técnico e uma visão de sustentabilidade na pecuária. Ela faz parte de uma geração de líderes moldada por programas de capacitação como o CNA Jovem e atua em sindicatos rurais desde o início de sua carreira.
Gobato acredita que as mulheres trazem contribuições únicas para o agronegócio — especialmente em comunicação, trabalho em equipe e resiliência. Segundo ela, a representatividade importa: “As mulheres agora estão ocupando espaços que não imaginavam antes. Quando veem outra mulher liderando, pensam: ‘Eu também posso estar lá’.”
Como presidente da Comissão Nacional, ela trabalha para fortalecer os comitês locais de mulheres, reconhecer talentos e apoiar a capacitação em liderança e inovação. “Queremos mais mulheres em cargos de tomada de decisão — não apenas nas instituições, mas também nas famílias e nas fazendas”, afirma.

Simone Carvalho Bossa de Paula
Vice-presidente da Comissão – CNA

“Somos nós que gerenciamos, planejamos e implementamos. É hora de mostrar o quanto as mulheres contribuem para o crescimento do nosso setor.”

Simone Bossa de Paula é uma pecuarista focada em operações de cria e terminação de bezerros.
Líder em sua comunidade, ela coordena a comissão de mulheres do Sindicato Rural de Rondon e é uma das 16 líderes da Comissão de Mulheres da FAEP, a Federação Estadual do Paraná. Ela também é membro da comissão técnica de gado de corte da FAEP e presidente do Conselho de Segurança Pública local.
Sua trajetória como liderança rural começou apoiando o marido na gestão. No entanto, com tempo e dedicação, Simone assumiu a liderança — e encorajou outras mulheres a se juntarem a nós. “Muitas ainda se sentem tímidas, inseguras de sua capacidade. Mas quando somos apoiadas, prosperamos”, diz ela.
Na Comissão, ela defende mais acesso à capacitação e inclusão em cargos de tomada de decisão do setor rural. “Já fazemos muito. A diferença agora é que também estamos fazendo nossas vozes serem ouvidas.”

Antonielly Rottoli
Vice-presidente da Comissão – CNA

“As mulheres já são protagonistas neste campo — mas quando nos unimos, nos tornamos ainda mais fortes.”

Produtora de soja e milho em Alto Paraíso, Rondônia, Antonielly Rottoli é uma voz poderosa para as agricultoras do Norte do Brasil. Ela é fundadora do movimento Agro Mulheres Rondônia, diretora da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Rondônia (APROSOJA Rondônia), membro da Câmara Setorial de Grãos do estado e presidente do Sindicato Rural de Alto Paraíso.
Ela começou participando de reuniões agrícolas com o marido, mas logo passou a fazer perguntas e participar das decisões. Sua liderança cresceu naturalmente, impulsionada por seu compromisso com a sustentabilidade, a inovação e a inclusão.
Antonielly acredita que a Comissão ajuda a amplificar vozes como a dela: “É um espaço onde mulheres de diferentes realidades podem se conectar, compartilhar e aprender umas com as outras”, diz ela. Ela também destaca a necessidade de inspirar a próxima geração: “As jovens precisam ver exemplos. Se plantarmos essa semente hoje, colheremos grandes resultados no futuro.”

Compartilhe o Post: