Desde o início, o crédito rural brasileiro tem sido essencial para o financiamento do setor agrícola do país. Com a crescente profissionalização das atividades rurais ao longo dos anos, o crédito tornou-se uma das principais fontes de financiamento para o setor. No entanto, os subsídios patrocinados pelo Estado, por si só, não são suficientes para atender às necessidades do agronegócio brasileiro, o que exige a busca de fontes de financiamento adicionais.
O agronegócio no Brasil oferece alternativas interessantes para produtores e investidores, integrando sustentabilidade, rentabilidade, escalabilidade, diversificação e um mercado promissor de longo prazo. Como em qualquer atividade comercial, o crédito é essencial para aproveitar todo esse potencial e gerar riqueza, segurança alimentar e energética, bem-estar social e prosperidade no campo. Nesse contexto, a FIAGRO surge como uma excelente opção.
Lançado em 2021, o Fundo de Investimento do Agronegócio (Fundo de Investimento do Agronegócio, conhecido como FIAGRO), foi desenvolvido para permitir que indivíduos e empresas invistam no setor agrícola, ampliando o acesso a recursos financeiros para agricultura e pecuária. Ao oferecer uma opção de investimento no setor, a FIAGRO acelera a mudança no campo, especialmente quando combinada com a Assistência Técnica e de Gestão (TMA).
Há mais de dez anos, o Sistema CNA, por meio do SENAR, atende milhares de produtores rurais de diferentes cadeias produtivas em todo o Brasil por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), voltado para pequenos e médios produtores. Reconhecendo as dificuldades que esses produtores enfrentam ao acessar o crédito, a CNA entrevistou mais de 4 mil participantes do programa ATeG.
Os resultados da pesquisa evidenciaram os principais fatores que restringem o crédito para esses produtores: excesso de burocracia e exigências de documentação, atrasos na aprovação do crédito, necessidade de garantias, falta de transparência na relação entre instituições de crédito e produtores e, por fim, altos custos notariais. Com base nessa análise, o Sistema CNA começou a desenvolver um tipo de crédito para mitigar esses desafios.
Portanto, sensível às dificuldades enfrentadas pelos produtores, o Sistema CNA, por meio do Instituto CNA, lançou o CNA FIAGRO para impulsionar o desenvolvimento do setor agrícola e promover a prosperidade dos produtores rurais. Na fase de projeto piloto, o principal objetivo desta iniciativa é construir uma forma alternativa de acesso a recursos financeiros que seja ágil, menos burocrática, transparente e com taxas competitivas, complementando fontes de financiamento existentes, como o Plano Safra (Plano Safra) e crédito de fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos.
Por isso, conhecendo as dificuldades enfrentadas pelos produtores, o Sistema CNA, por meio do Instituto CNA, lançou o CNA FIAGRO para impulsionar o desenvolvimento do setor agrícola e promover a prosperidade dos produtores rurais. Na fase piloto do projeto, o principal objetivo desta iniciativa é construir uma forma alternativa de acesso a recursos financeiros que seja rápida, menos burocrática, transparente e com taxas competitivas, complementando as fontes de financiamento existentes, como o Plano Safra e o crédito de fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos.
Este piloto centra-se na concessão de crédito de custo, reforçando a ideia de crédito responsável, fornecendo aos produtores todas as informações essenciais para adaptar sua proposta às necessidades e capacidades reais de seus negócios. Para garantir a segurança do investidor, a CNA FIAGRO exige que os produtores assistidos estejam vinculados à ATeG, que acompanhará toda a operação, desde a seleção de instalações rurais até a quitação de crédito. Esta exigência visa assegurar o apoio técnico e de gestão ao mutuário, aumentando a sustentabilidade e a capacidade de pagamento dos produtores’.
A CNA FIAGRO foi projetada com base em quatro pilares cruciais para a concessão de crédito sustentável: governança, sustentabilidade econômica e financeira, responsabilidade social e compromisso ambiental. A primeira fase do projeto, prevista para 2024 e 2025, busca ganhar experiência para ampliar a iniciativa. Atualmente, dezenas de produtores foram concedidos, e alguns deles já estão se candidatando para renovar seu crédito. Dada a expectativa criada, as estimativas mostram que cerca de 400 mil produtores (que foram assistidos ou estão sendo assistidos pelo ATeG), poderiam se beneficiar do projeto.
Considerando o tamanho e as necessidades de crédito desse público-alvo, um cálculo simples revela o grande potencial da iniciativa, vislumbrando um mercado bilionário no horizonte.
Autores:
Matheus Ferreira Pinto Silva
CNA Instituteirates Vice-Diretor Executivo
Cristiano Nascife
Coordenador de Empreendedorismo e Negócios do CNA Institute