Confederação Brasileira de Agricultura e Pecuária e FAO discutem COP 30 e a sustentabilidade da agricultura brasileira

O vice-presidente da Confederação Brasileira de Agricultura e Pecuária (CNA), Muni Lourenço, deu as boas-vindas em 19 de março à visita do diretor do Escritório de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Kaveh Zahedi.
A reunião contou com a presença do Representante da FAO no Brasil, Jorge Mezza, seu Assistente, Gustavo Chianca, do Oficial Sênior de Recursos Naturais e Pesquisador da FAO, Martial Bernoux, do Coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, e da Conselheira de Relações Internacionais da CNA, Elena Castellani.
Entre outras questões, discutiram a posição do setor agrícola brasileiro na Conferência do Clima (COP 30)—, que será realizada em novembro em Belém (estado do Pará)—, bem como práticas sustentáveis implementadas pelos produtores rurais para aumentar a redução do efeito estufa. emissões de gases (GEE).

Kaveh Zahedi expressou seu interesse em conhecer as soluções e projetos sustentáveis desenvolvidos pelo Sistema CNA/SENAR para todos os produtores rurais brasileiros e destacou a importância da COP 30 na mudança de algumas narrativas enganosas sobre o Brasil.
Para Muni Lourenço, a COP 30 será uma oportunidade para combater a desinformação relacionada ao país. “Dispomos de diversos instrumentos que confirmam a sustentabilidade da produção rural, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que disponibiliza um ‘X-ray’ de fazendas e ranchos, e o Código Florestal, que é uma das leis ambientais mais rigorosas do mundo. o mundo, entre outros,” disse.

Durante a reunião, o Coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, comentou sobre o trabalho do Sistema na transferência de tecnologia para o campo. “A tecnologia precisa ser ampliada para alcançar os produtores. O plantio direto, por exemplo, tem sido utilizado há muitos anos e beneficia significativamente o meio ambiente. Hoje, 70% da agricultura brasileira é realizada por meio de plantio direto, explicou.
Ananias também enfatizou a necessidade de a análise da RCA trazer mais transparência à produção de alimentos no país e garantir que os produtores rurais tenham acesso a melhores taxas de juros para o crédito rural.

A reunião também abordou o papel do agronegócio brasileiro no exterior dentro do contexto climático, a implantação de boas práticas e o compromisso do setor com as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).
A Conselheira de Relações Internacionais Elena Castellani apontou que o atual cenário geopolítico global é desafiador, já que a narrativa das mudanças climáticas tem sido questionada. Nesse contexto, explicou que o Brasil precisa trabalhar mais para mostrar os esforços de seus produtores, que há muitos anos realizam uma agricultura sustentável.

No final do evento, o vice-presidente da CNA, Muni Lourenço, afirmou que espera que a COP 30 produza ações eficazes e concretas para enfrentar as mudanças climáticas, particularmente na melhoria dos indicadores sociais e econômicos da região amazônica. “A Amazônia não é apenas uma floresta. Mais de 30 milhões de pessoas vivem lá e precisam de emprego e renda, concluiu.

 

Fonte:

Brazilian Confederation of Agriculture and Livestock and FAO Discuss COP 30 and the Sustainability of Brazilian Agriculture

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