Conhecendo o caqui brasileiro

Colhido principalmente de março a junho, o caqui é uma fruta que conquistou espaço na agricultura brasileira devido ao seu sabor suave, adaptabilidade ao clima local e alta aceitação no mercado. Cultivado principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país, o caqui brasileiro é cultivado em diferentes variedades, incluindo Rama Forte, Fuyu e Giombo.

Principais áreas de produção:
O estado de São Paulo lidera a produção nacional, respondendo por mais da metade da produção do país. Cidades como Mogi das Cruzes, Itatiba e Pilar do Sul abrigam áreas de produção bem estabelecidas, apoiadas por redes logísticas robustas.
Em Minas Gerais, Turvolândia se destaca como o principal polo de caqui do estado. Com aproximadamente 200 hectares de produção, a cidade é responsável por quase 50% da produção estadual.
Outros estados produtores importantes incluem Paraná e Rio Grande do Sul, onde climas mais frios favorecem o cultivo de variedades não adstringentes, adequadas para o mercado interno e o comércio internacional.

Sustentabilidade e Boas Práticas
O cultivo de caqui no Brasil segue cada vez mais sistemas de produção sustentáveis. Muitas propriedades rurais implementam protocolos de Produção Integrada de Frutas (PIF), incluindo uso consciente de insumos, controle biológico de pragas, conservação do solo e rastreabilidade completa dos produtos.
Além da PIF, práticas como cultivo de cobertura, fertilização orgânica e irrigação eficiente têm ganhado espaço em diversas regiões, ajudando a reduzir o impacto ambiental e a melhorar a saúde do solo. Iniciativas de processamento que transformam frutas excedentes em produtos de valor agregado, como vinagre e caqui seco, também ajudam a reduzir a perda de alimentos e a aumentar a lucratividade em toda a cadeia de valor.

Potencial de Exportação Crescente:
As exportações brasileiras de caqui aumentaram nos últimos anos, especialmente da variedade Fuyu, apreciada por sua firmeza, doçura e ausência de adstringência.
Os destinos de exportação atuais incluem Canadá, países da União Europeia, Japão, Emirados Árabes Unidos e China. Com colheitas regulares, condições climáticas favoráveis e práticas agrícolas em constante evolução, o caqui brasileiro está ganhando força nos mercados globais. A diversidade regional, aliada a investimentos em qualidade e sustentabilidade, reforça o papel da fruticultura brasileira no fornecimento de produtos alimentícios seguros, rastreáveis e de alto valor agregado.

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