Na semana passada, Fernanda Maciel, Diretora Adjunta de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), participou do Encontro Valor Econômico Brasil-China 2025, realizado em Xangai, na China.
O evento ocorreu de 23 a 25 de abril e foi organizado pelo jornal Valor Econômico em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), com apoio do Sistema CNA/SENAR, da ApexBrasil e de outras organizações públicas e privadas.
Maciel foi uma das palestrantes do painel “O Papel da China no Crescimento do Agronegócio Brasileiro”, que discutiu o cenário atual das relações Brasil-China no setor, bem como os desafios que ambos os países enfrentam para contribuir com a segurança alimentar global.
A representante da CNA enfatizou o potencial de ambos os países ampliarem sua parceria no agronegócio e de o Brasil diversificar sua pauta de exportações para a China, que é atualmente o maior mercado para os produtos agrícolas brasileiros.
“Embora a China seja o principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por 30% das exportações do agronegócio, nossa pauta exportadora não reflete a diversidade da produção agrícola brasileira. Há um grande potencial a ser explorado”, disse Maciel.
Ela também propôs maior cooperação entre os dois países em áreas como biotecnologia, destacando a necessidade de “reduzir as assimetrias de aprovação para culturas como soja e milho e desenvolver conjuntamente tecnologias para novas cultivares, como sorgo e gergelim”.
Maciel também abordou a logística, indicando novas oportunidades para as frutas brasileiras por meio da potencial criação de uma rota marítima direta ligando os portos de Salvador (Bahia) e Santana (Amapá) ao Porto de Gaolan, na China, o que poderia reduzir o tempo de transporte em até 30 dias.
O evento reuniu autoridades, especialistas e líderes empresariais dos dois países para discutir questões relacionadas às relações comerciais e perspectivas em agronegócio, mineração, indústria automotiva, cidades inteligentes, tecnologia, inteligência artificial (IA) e energia renovável.
O programa do Summit também incluiu visitas a instituições empresariais, universidades, empresas e startups para obter insights mais profundos sobre a cultura chinesa e seu ecossistema de inovação.